Ocupar a cabeça e trabalhar a memória após cirurgia no lado esquerdo do cérebro, foi o meu objetivo ao começar a praticar esporte. Hoje sou uma corredora que cada dia tento ultrapassar os meus limites e com a corrida conhecer lugares novos.
Eu tenho dificuldades para gravar nomes, descrever detalhes, mas com a minha força de vontade procurei recursos para estimular meu cérebro. Aos 20 anos descobri um tumor benigno do lado esquerdo do meu cérebro com epilepsia, os médicos indicaram remédios, mas com o tempo só foi agravando. As convulsões eram muito fortes, uma descarga muscular e mental o que acarretava esquecimentos.
Na tentativa de acabar com as grises, após 2 anos os médicos acharam melhor realizar a cirurgia para a retirada do tumor. Minha família me apoiou e esteve comigo o tempo todo,estive confiante e tranquila.
Os ataques epiléticos não cessaram após a cirurgia, continuei tomando medicamento e me tratando. Minha vontade de continuar viver e a atividade física me ajudaram a seguir.
Logo depois da cirurgia comecei a fazer tratamento para memória e atividade física,caminhadas e pilates.
Comecei a minha paixão pela corrida acompanhando meu marido Felipe Moraes Chiaini de Oliveira em suas corridas, tirando fotos, fazendo companhia e admirando sua felicidade ao correr. Minha atividade física era musculação e caminhada mas com o incentivo dele e minha vontade de querer mais, criaram raízes e resolvi participar de uma corrida de 5km. Depois de uma corrida falavam que apareciam duas opções na nosso cabeça, ou você se apaixonava e criava forças para ir alem ou criava ódio pela corrida. Eu me apaixonei, comecei ir alem do meu limite, queria primeiro diminui meu tempo na corrida de 5km e logo depois correr de 10 km e não parei por ai.
De todas as atividades que existem bike, natação, luta, musculação e a corrida essa ultima é que fez meus olhos brilharem, a ter um foco, me sentir mais forte e positiva. Apaixonei pela corrida.
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